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Meu primeiro empreendimento

  • Foto do escritor: Carla Fernandes
    Carla Fernandes
  • 17 de nov. de 2015
  • 2 min de leitura

Atualizado: 30 de dez. de 2019


Quando eu tinha em torno de 5 anos, eu e minha irmã ganhamos de natal nosso primeiro patins, aqueles que tinham duas rodas na frente e duas atrás. Na semana que ganhamos ele começaram a passar as propagandas do patins Roller. Lembro de ter pensado que pedi o presente na hora errada porque já estava com uma versão antiga, rsss. Enfim, passando as festas de final de ano era hora de começar a patinar. Pra minha infelicidade não conseguia me mover com aqueles patins e sempre que tentava era um “capote” novo.

Assim, todas as crianças me pediam emprestado meu brinquedo sem uso. Como eu cansava de ficar olhando elas se divertirem com algo que era tão inútil pra mim, eu acabava pedindo eles de volta e ia embora.

Até que um dia, me chamaram na portão alguns coleguinhas do bairro pedindo o patins emprestado, como eu achava que minha mãe não iria deixar, neguei e retornei pra casa. E eles pediram no outro e no outro dia, até que um deles sugeriu me dar R$1,00 por hora. Como meus olhinhos brilhavam por moedas que sempre eram trocadas por doces, não exitei e fiz logo o aluguel dos patins.

Começaram a aparecer tantas crianças querendo alugar o brinquedo que eu já tinha feito até lista de espera e nos finais de semana cobrava de R$ 1,00 à R$ 2,00 por cada 30 minutos.

Com a clientela crescendo, minha irmã percebeu que toda hora eu ia ao portão, porque tinha que receber adiantado e passar o patins para o próximo. Quando ela me perguntou o que eu estava fazendo, morri de medo de perder meu empreendimento, então mostrei pra ela todas as vantagens do aluguel do patins e na mesma semana ela começou a alugar o dela também. Talvez não seja de admirar que até hoje sou empreendedora.

É claro que quando criança eu não entedia nada sobre mercado, lei da procura e venda, ou qualquer uma das teorias, mas eu sabia através do meu público que quem desejava mais o produto estava disposto a pagar mais pelo uso dele. E não é exatamente assim que fazemos quando percebemos a escassez de um produto ou o desejamos tanto a ponto de ignorarmos o valor que está sendo cobrado?

Descobrir o que as pessoas precisam e o que elas desejam, é fundamental para saber o que vender, para quem, quando e por quanto. Então, faça perguntas, questionário, pesquisa, mas descubra quem é o seu público, as características de consumo, para poder atendê-lo mais e consequentemente aumentar seu faturamento.

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